Ana Martins da Costa, mais conhecida por Dona Nanete – Fernando de Noronha (PE)
Empresas do Vale março 21, 2019 Nenhum comentário
ANA MARTINS DA COSTA, MAIS CONHECIDA POR NANETE, EMBAIXATRIZ DA CULTURA OUTORGADO PELA UNESCO – FERNANDO DE NORONHA (PE)
Matéria realizada na edição 53, periodicidade agosto/setembro/2013
Por: José Carlos Reis de Souza
Diretor, editor e jornalista da Revista Empresas do Vale – Negócios & Turismo.
Ana Martins da Costa, mais conhecida por Dona Nanete, nascida na cidade de Sobral (CE) no dia 11/07/1947. Aos 14 anos chegou à Ilha de Fernando de Noronha, na época havia em torno de 500 famílias e, ninguém sabia o que era quadrilha junina. Em 1960 começou seus trabalhos culturais promovendo apresentação de vários tipos de danças como: Coco de Roda; Ciranda de Onda; Frevo; Maracatu; Caboclinhos; Fandango e Carimbó. Fundou o “Grupo Noronha Danças” e o “Centro Cultural Dona Nanete”. Recebeu o titulo Embaixatriz da Cultura outorgado pela UNESCO. Para manter a cultura viva e apresentar os grupos, vai de porta em porta no comércio pedir ajuda.
ENTREVISTA
EV/TP – Gostaríamos que falasse um pouco da cultura de Fernando de Noronha.
NANETE – Cheguei à Ilha no dia 11/07/1947 e, já habitavam em torno de 500 famílias. Quando falei em quadrilha junina, não ficou ninguém perto da minha pessoa, pois, não sabiam o que era uma quadrilha junina. Disse a todos: vocês não têm festa de São João; Santo Antônio; São Pedro e fazem fogueira: responderam que sim. Pois é, quadrilha junina não é quadrilha de Lampião ou de ladrões. É apenas uma dança organizada pelas famílias. Um dos rapazes me olhou e indagou: de onde a senhora é? Eu respondi:sou do Ceará da cidade de Sobral e tenho 14 anos, mas já dancei muita quadrilha. Comecei a relatar: a quadrilha junina é um grupo de homens e mulheres que formam pares todos vestidos a caipira com chapéu na cabeça, mulheres com lenços na cabeça, uns calçados e outros descalços. Um dos moradores respondeu: Vamos ver o ensaio, se for bom à gente deixa. Fiz o primeiro ensaio com dois casais e, quando viram caíram tudo dentro. Isso ocorreu no dia 22/05/1960.
EV/TP – Além da quadrilha junina, você tem outras danças culturais?
NANETE – Eu apresento varias danças: Coco de Roda; Ciranda de Onda; Frevo; Maracatu; Caboclinhos; Fandango e Carimbó. Fundei o grupo “Noronha Danças” e formei diversas turmas, hoje, são todos casados. O Grupo Noronha Danças é registrado, é uma ONG pobre, que para se apresentar, vou de porta em porta no comércio pedir ajuda.
EV/TP – Para finalizar, quantos filhos você tem?
NANETE – Se fossem todos vivos seriam dezesseis, mas só criei nove, todos casados e formados.
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