ENTREVISTA COM A CANTORA FERNANDA PORTO

Empresas do Vale janeiro 25, 2019 Nenhum comentário

ENTREVISTA COM A CANTORA FERNANDA PORTO

ENTREVISTA COM  FERNANDA PORTO

(*) Matéria realizada na edição 25 – periodicidade dezembro/janeiro/2009

Por: José Carlos Reis de Souza

Diretor, editor e jornalista da Revista Empresas do Vale – Negócios & Turismo

 

Maria Fernanda Dutra Clemente, 43 anos, nome de batismo e “Fernanda Porto” nome artístico, natural da cidade de Serra Negra (SP), recebeu a Revista Empresas do Vale – Negócios & Turismo com muita simpatia e elegância, entre a pausa de suas apresentações no Teatro montado no Salão Internacional do Automóvel, em São Paulo. 

A cantora que popularizou o estilo Drum ‘n’ Bossa (mix de D’n’B e Bossa Nova, profetizada pelos Djs Xerxes de Oliveira e Joe S). Vendeu mais de 100 mil cópias no Brasil em seu primeiro álbum e tem seu trabaho reconhecido internacionalmente. Suas músicas está entre as mais pedidas nas discotecas Europeias.

ENTREVISTA

E.V. – Quais foram seus primeiros passos no mundo da música?

F.P. Na verdade, desde criança eu já tocava instrumentos, só que nunca pensei em ser cantora. Como compunha canções mostrava meu trabalho no piano ou no violão e as pessoas diziam: “você tem que cantar”, mas entendia que cantar não era para mim e sempre evitei. Porém aos 22 anos, realmente comecei a cantar. Hoje eu sou uma pessoa realizada em todos os sentidos, espiritual e material.

E.V. – Quais trilhas sonoras você fez ao longo de sua carreira?

F.P. – Em 1985, compus minha primeira trilha sonora para “Tons”, apresentada no Festival Videobrasil, em São Paulo. Após seis anos (1991) tive o privilegio de compor a para o filme “Desterro”, pelo qual ganhei o prêmio de melhor trilha sonora no Festival de Cinema do Maranhão. Já no ano de 1994, compus para o filme “Vítimas da Vitória”, e recebi o prêmio de melhor trilha sonora no Festival de Brasília. No ano seguinte, mais uma vez fui abençoada em compor a trilha para “Ruído de Passos”. E em 1997, novamente fui chamada para o trabalho de uma nova trilha sonora para o documentário “O Velho – A História de Luiz Carlos Prestes”.

E.V. – Quando você começou a ter contato com o ritmo “drum and bass”?

F.P. – Passei a ter o primeiro contato com “drum and bass” em 1997, quando conheci o DJ Xerxes de Oliveira (XRS LAND). No ano seguinte, fui a Londres para pesquisar e conhecer de perto o ritmo.

E.V. – Quando foi que você lançou o seu primeiro CD com a linguagem drum and bass?

F.P. – Finalizei meu primeiro CD demo em 1.999, um anexo de baladas com exterioridade eletrônica, a maior parte delas baseadas no ritmo “drum and bass”. Depois comecei a divulgar o demo entre vários DJs, dentre eles o DJ Patife que fez um remix da música “Sambassim” de Tom Jobim, o som acabou arrebentando nas pistas de Londres. Devido ao grande sucesso, voltei a Londres para lançar a música “Sambassim”, a primeira música em que misturei samba com o ritmo eletrônico junto com o DJ Patife. A música escolhida para a faixa-título da primeira coletânea brasileira drum and bass Brasil EP, foi “Só Tinha de Ser com Você”, do compositor e cantor Tom Jobim.

E.V. – Como foi que você conheceu Chico Buarque de Holanda? 

F.P. – Sempre fui admiradora das obras do Chico Buarque. Tive o prazer e a alegria de conhecê-lo em 2004, durante a criação da trilha sonora para o filme “Cabra Cega”, o enredo é sobre a ditadura. Aproveitei o momento e gravei minha versão eletrônica de “Roda Viva” letra de sua autoria e no final ele gostou e acabou gravando comigo. A música além de ser incorporada ao filme acabou integrando um videoclipe de sucesso nas rádios. Foi um momento muito importante na minha vida.

E.V. – Quando foi que você gravou o seu primeiro DVD/CD?

E.V. – Por ordem cronológica, o meu primeiro CD com o título “Trama” foi lançado em 2002, o segundo CD lançado em dezembro de 2004 com o título “Giramundo”, nos Estados Unidos, com excelente repercussão da crítica internacional. E o Meu primeiro DVD/CD com o título “Fernanda Porto ao Vivo”, foi gravado em 2006 no Tom Brasil, onde foram incluídos oito antigos sucessos e onze músicas inéditas. E em junho fiz a minha terceira turnê na Europa apresentando o trabalho “Giramundo” onde recebi o Prêmio (Toshiba Cool Awards), como o melhor álbum nacional pela revista “Cool Magazine”.

E.V. – Qual o perfil do seu público?

F.P. – No inicio, trabalhei com o público jovem que eram os frequentadores de casas noturnas, agora o público tem faixa etária bem variada, vai dos 30 a 65 anos. Nos meus shows conseguimos ter até três gerações, porque eu faço esta mistura musical. Tem público que gosta de dançar, tem público que gosta de música brasileira, e com essa magia consigo ter a sorte de agradar a todos.

E.V. –  Finalizando o nosso bate papo, por que apresentar-se gratuitamente na arena do Salão do Automóvel?

F.P – Eu gosto deste tipo de apresentação gratuita porque existe um público que não conhece o meu trabalho e terá a oportunidade de ouvir, é um apanhado. Sem dúvida, é muito positivo para a minha carreira e a VW sempre apóia a música em geral e tem me apoiado em diversos eventos, atraindo o público jovem.

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