ENTREVISTA COM A NADADORA FABÍOLA MOLINA

Empresas do Vale janeiro 25, 2019 Nenhum comentário

ENTREVISTA COM A NADADORA FABÍOLA MOLINA

(*) Matéria realizada na edição 21 – periodicidade abril/maio/2008

Por: José Carlos Reis de Souza

Diretor, editor e jornalista da Revista Empresas do Vale – Negócios & Turismo

 

E.V. – Como foi que você percebeu que tinha vocação para a natação?

Fabíola – Aos quatro anos, eu tinha um problema de saúde (bronquite) e como os meus pais tinham sido nadadores, e eles sabiam que a natação poderia ajudar a curar a bronquite, então foi ai o inicio de minha carreira como nadadora.

E.V. – Qual foi o local em que você deu as suas primeiras braçadas?

Fabíola – Comecei a nadar no SESC de São José dos Campos, lá fiz os estágios, e aos seis anos fui para a Associação Esportiva São José, aos dez anos passei a ser federada e comecei a participar dos campeonatos regionais, campeonatos como peixinhos e golfinhos da região que na época eram outros projetos. Logo comecei a participar do campeonato paulista, e aos treze anos fiz a minha primeira participação em um campeonato brasileiro.

E.V. – A partir de quando você começou a decolar e colecionar títulos?

Fabíola – A primeira vez que integrei a seleção brasileira tinha 16 anos, fui campeã brasileira e me classifiquei para participar do Pan-americano de 1991, aos 18 anos eu fui morar nos Estados Unidos para estudar na Universidade de Tennessee, me formei em teatro, e no período de 1994 a 1998 competi pela Universidade. Morei durante um ano em Nova York, em seguida na Flórida. Nessa época eu consegui vaga para a Olimpíada de 2000, competi em Sydney e obtive a 23ª colocação na prova dos 100 metros costa que foi um marco na minha carreira. Voltei para o Brasil em 2001 e competi pelo Vasco da Gama e em 2002 voltei a competi pela Associação Esportiva São José onde permaneço até hoje. Em 2002 e 2003 foi um período ruim e não participei dos Jogos Pan-Americanos, mas depois voltei em uma fase boa batendo os meus recordes. a

E.V. –  Quantos recordes você já bateu em sua trajetória como nadadora?

Fabíola – Atualmente eu tenho sete recordes brasileiros e seis recordes Sul Americanos nas provas de 50 e 100 metros costa. Em 2007 eu bati 11 vezes o recorde Sul-Americano, sendo três vezes nos Jogos Pan-Americanos, e hoje estou tentando o meu índice para as olimpíadas.

E.V. O            que você pretende fazer após encerrar a sua carreira como nadadora?   

Fabíola – Eu não penso em parar ou aposentadoria no momento está passando por uma fase muito boa na natação, meu marido é treinador e cinco anos mais novo e tem os mesmos objetivos dentro da natação, nós viajamos e competimos sempre juntos, tudo isto é muito bom. Apesar de eu estar com trinta e dois anos, tenho muita motivação para continuar treinando forte. Mais no dia em que eu parar, eu vou dar continuidade, já tenho uma confecção com a griffe Fabíola Molina moda praia, moda esportiva, onde confeccionamos maiôs para natação e biquínis para praia, e quem administra a empresa é a minha mãe e tenho o sonho de ter filhos.

E.V. – Não passa pela sua cabeça criar uma escola de natação e descobrir novos talentos?  

Fabíola – Sempre que eu estou em um grupo de pessoas, vem a cobrança sobre a criação de uma escola, mais as coisas acontecem naturalmente e no momento eu não consigo dedicar-me, pois eu moro fora do Brasil. Quando realmente eu parar de nadar, essa é uma das possibilidades que é gostosa de estar envolvida e boa para dar continuidade de uma forma ou de outra.

E.V. – Finalmente, o que você gostaria de passar para essa garotada que vem treinando e tem pretensões de serem campeões de natação?  

Fabíola – Em primeiro lugar é ter prazer naquilo que faz e treinar com professores de natação, em segundo lugar tem que curtir e aproveitar as oportunidades com as pessoas que estão ao seu redor, apreender com os técnicos e companheiros. Natação é um esporte muito saudável e você tem a oportunidade de participar de um ambiente saudável, curtir as pessoas, as viagens e a cada momento que você esta vivendo, é isso que você vai levar para o final de sua vida.