FAZENDA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO – JUNDIAÍ (SP)
Empresas do Vale julho 21, 2022 Nenhum comentário
Matéria realizada na edição 87 – periodicidade abril/maio/2019, por José Carlos Reis de Souza, diretor, editor e jornalista da REVISTA EMPRESAS DO VALE – NEGÓCIOS & TURISMO.
A Fazenda Nossa Senhora da Conceição localizada na cidade de Jundiaí (SP) e, que faz parte do “Circuito das Frutas”. Com seus 800 mil m² de área e oito mil pés de café-arábica, proporciona ao visitante momento de lazer e cultura. A partir de 1999 a fazenda passou a receber pessoas para eventos programados e visitação de grupos. Em 2005 foi aberta ao público em geral trabalhando com monitores especializados que descrevem em detalhes a história da fazenda, desde o período da escravidão à chegada dos imigrantes italianos em 1882. O visitante tem a oportunidade de conhecer: a Casa Sede (área externa): a Capela: o Terreiro; a Igrejinha; o Museu do Café e, a Senzala Domestica, onde viviam os escravos. Além dos passeios a cavalo e trenzinho puxado por trator para conhecer o cafezal. A fazenda oferece serviço de restaurante com cardápio diferenciado para que o visitante possa permanecer algumas horas e conhecer a história. Aos sábados, domingos e feriados, o restaurante trabalha também com o sistema a “la carte”.
(*) Vale lembrar ao visitante, que leve dinheiro em espécie ou cheque, pois o restaurante não recebe cartão de crédito para efetuar pagamento.
(*) Rodovia Engenheiro Constâncio Cintra, km 72,5 – Mato Dentro / Jundiaí (SP) – Telefone: (11) 4535-1341 – Cel: (11) 99744-0898
HISTÓRIA
A Fazenda Nossa Senhora da Conceição pertenceu a Francisco José da Conceição conhecido como Barão da Serra Negra e, que era dono de várias fazendas na Província de São Paulo. A fazenda deu início em 1810 ao cultivo da cana-de-açúcar que perdurou até 1850. A partir de então, deu-se início ao cultivo do café e, contava com 108 escravos como mão de obra trabalhando em uma área de 3 mil alqueires, aonde eram cultivados 350 mil pés de café. Em 1882 com a vinda dos imigrantes italianos que se juntaram aos escravos para trabalhar no cultivo do café e aumentar a produção. Os imigrantes italianos moravam nas colônias existentes na fazenda e devido ao clima, aproveitaram e implantaram o cultivo de uva, criando um novo ciclo na história da fazenda. O Barão da Serra Negra, por ser uma pessoa de posses financeiras e ligada à política, recebeu em sua propriedade pessoas ilustres como: Imperador D. Pedro II e sua esposa, Imperatriz Dona Thereza Christina e Conde D’Eu e, na Fazenda Nossa Senhora da Conceição recebeu a visita da Princesa Isabel (filha do imperador), entre outras personalidades. Porém, com a queda do valor do café na bolsa de Nova York afetando de maneira drástica a economia brasileira, levando à falência diversos produtores e pessoas ligadas ao mercado cafeeiro. Para restituir a economia e manter funcional a fazenda, a nora do barão Angelina Conceição, empregou a experiência vivenciada com os imigrantes italianos e decidiu que a produção de café fosse substituída pela produção de uvas e vinhos de mesa, tornando a propriedade em uma das maiores produtoras de uva e vinho do Estado. Superando a crise, mais tarde, introduziu novamente a cultura do café juntamente com outros produtores. A fazenda continua a pertencer aos descendentes do Barão da Serra Negra e voltada ao turismo rural, resgatando a rica história do ciclo do café, da escravidão e imigração italiana, através das construções preservadas e de um acervo repleto de documentos e fotos da época.
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