JOSÉ DEMÉTRIO DA SILVA

Empresas do Vale janeiro 24, 2019 Nenhum comentário

JOSÉ DEMÉTRIO DA SILVA

ARTESÃO JOSÉ DEMÉTRIO DA SILVA

(*) Matéria realizada na edição 21 – periodicidade abril/maio/2008

Por: José Carlos Reis de Souza 

Diretor, editor e jornalista da Revista Empresas do Vale – Negócios & Turismo

 

Pesquisando os grandes artistas do Vale do Paraíba que trabalham com artesanato, encontramos o artesão José Demétrio da Silva em seu sitio, onde trabalha em grandes projetos, e ficamos sabendo um pouco de sua vida.

José Demétrio da Silva, natural de Lagoinha (SP), é um profissional da arte, inquieto, pesquisador, talentoso, humilde e simplicidade com que trata as pessoas, nunca se prenderam a um estilo só. Passou uma infância feliz a pintar rostos de santos de barro que seu pai fazia e vendia com muito sucesso e devoção. Toda a sua família se dedicava ao artesanato de santos, bichos, e personagens de história, sua avó materna fazia bonecas de pano com cabeça de madeira pintada, e a avó paterna dedicava-se a presépios, foi neste ambiente que nasceu José Demétrio. Saiu de sua cidade natal aos 14 anos, deixou a vida do campo e a casa com destino a Taubaté, ainda jovem trabalhou como servente de pedreiro, neste período aprendeu a armar as estruturas de concreto que sustentam hoje seus grandes monumentos. Tinha na mente buscar a essência de criar, teve a felicidade de conhecer o seu grande amigo e companheiro inseparável por mais de 30 anos, o pintor Justino. Os dois descobriram juntos os caminhos dos meio artísticos. Nessa trajetória Demétrio migrou por diversos caminhos (musica, teatro, cinema e oficinas), além de participar de diversos salões oficiais pelo Brasil. Participou da VI Bienal Internacional de São Paulo. Conquistou diversos prêmios, mas tem como genealogia o Vale do Paraíba de onde continua irradiando sua arte, ajudando a defender a ecologia, o artista do barro, ferro, madeira e cimento. Em 1961 foi recomendado por Candido Portinari para uma bolsa de estudos no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo. Fundou a Exposição de artes da Praça da República na capital, junto com o pessoal do Liceu de Artes e foi professor da Escola de Música e Belas Artes de Taubaté.  Atualmente continua trabalhando como escultor de obras públicas de grande porte para prefeituras do Vale do Paraíba com desenvoltura e intimidade com uma gama imensa de materiais, como sintéticos, orgânicos, minerais e solo resina. Paralelamente desenvolve projetos sociais e culturais que visam à elevação da qualidade de vida na região. Suas obras estão espalhadas pelas cidades do Vale do Paraíba, dentre elas figuram: “Cristo Salvador”, com 11 metros de altura em Cunha, “O Ícaro”, com 7 metros de altura, na Escola Técnica de Aeronáutica, “As Três Garças Brancas”, o símbolo de Guaratinguetá, o monumento “Libertação dos Escravos”, em Redenção da Serra, “Tributo aos Imigrantes Italianos”, em Quiririm, o templo da “Ordem Rosa cruz” e o monumento ao compositor “José Maria de Abreu” em Jacareí, “Monumento ao Romeiro”, no pátio do Santuário Nacional de Aparecida, imagem de “Nossa Senhora Aparecida”, com 17 metros de altura, localizada no mirante o ponto mais alto da cidade de Aparecida, “Bandeirante”, em Taubaté, “O Caiçara”, em Ubatuba. Seus trabalhos se encontram expostos no Brasil e no exterior (Alemanha, França, Inglaterra, Estados Unidos) em galerias e coleções particulares.

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